Ser RUIVO no Brasil

Tantos anos folheando as revistas, tantos padrões de beleza e eu não me encaixava. Juntando com os muito apelidos, colegas que não gostavam ou não entendiam que existem diferentes características físicas no mundo. 
Além disso tudo, a falta de referências, pessoas da família, pessoas próximas ou, até mesmo, artistas e celebridades, me deixavam completamente isolada e perdida. Não tinha a quem recorrer e cada vez mais me sentia um ET.
Tive meus lapsos de loucura, quis pintar o cabelo, passar cremes clareadores no rosto, tudo para encaixar no padrão de beleza que perpetua por séculos. O diferente não tem chance dentre todos os rostos lisos, sem manchas, sem cor e sem linhas.
Somente quando atingi uma certa idade, época que cansei de brigar contra o padrão e resolvi viver sem pensar nisso, que comecei a me aceitar melhor, mas não por completo.
Continuo na luta da autoaceitação. Sei que o percurso ainda é longo e cheio de espinhos. Posso dizer que ter duas crianças, vindas de mim, cheias das mesmas características que eu sempre odiava, me ajudou muito. Não quero que elas passem pela mesma situação. Por isso, mudo meu interior a casa dia, para que ele reflita a elas algo bom, algo agradável, e que elas, minhas filhas, sejam amor próprio sempre. 
A intenção é distribuir, através de informação, a aceitação e o amor por nossas características mais peculiares, levando isso a pessoas que precisam.

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